16 de Maio 2013

Anfiteatro Nobre - FLUP

 

 

09h30 – Sessão de abertura e distribuição da documentação aos participantes

 

10h00-11h00

Painel 1 : A base material do Estado Colonial I

Philip Havik (Univ. Nova de Lisboa) - Administration, Extraction and Citizenship: rethinking the 'colonial state' in former Portuguese Africa

Paul Nugent (Centre of African Studies, University of Edinburgh ) - Taxes and State-Making: Comparing Colonial Projects in West Africa c.1900-1960

Luís Madeira (Univ. Beira Interior) – Decisão na metrópole, execução no Ultramar. O orçamento do Estado Colonial Português

 

11h00-11h30 – Debate

 

11h30-11h45 – Intervalo

 

11h45-12h45

Painel 1 : A base material do Estado Colonial II

Maciel Santos (CEAUP) - As “granjas do Estado” - burocracia e “economia natural” na administração colonial portuguesa (1908-1936)

Jean Gormo (ENS- Meroua/CEAUP) - Impôt de capitation et  travail forcé au Cameroun sous administration coloniale française

Ndiouga Benga (Université Cheikh Anta Diop, Dakar) -  On ne nous laisse rien ! Le régime financier et fiscal, enjeu de la gestion municipale à Rufisque, Sénégal (1924-1942)

 

12h45-13h15– Debate

 

13h15-14h30 - Almoço

 

14h30-15h10

Painel 2 : Políticas e instituições - orgânica administrativa

Bruno Fonseca (CITCEM-UM) - O Gabinete dos Negócios Políticos: um Gabinete ao Serviço da Politica Colonial?

Martinho Pedro (Univ. Pedagógica, Maputo) - Funcionalidade sistémica dissimétrica do Estado colonial Português em Moçambique. Um estudo a partir do então Distrito de Moçambique

 

15h10-15h40 – Debate

 

15h40-15h55 – Intervalo

 

 

15h55 – 16h35

Painel 3: Politicas e instituições - sistemas jurídicos coloniais e locais

Manuela Assis - Sistemas Jurídicos e Judiciais. Os Tribunais Coloniais e a aplicação da Justiça aos Indígenas

Fernanda Thomaz (Universidade Federal Fluminense) - Um tribunal na implantação do Estado colonial em Cabo Delgado

 

16h35–17h05 – Debate

 

17h05 -17h20 - Intervalo

 

17h20-18h20

Painel 4: Políticas e instituições - serviços de saúde

Ana Roque (IICT – Centro de História) – Os serviços de saúde em Moçambique na viragem do século XIX: Limitações, dificuldades e imprevistos na sua atuação

Carolina Maira G. Morais (Casa de Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz, Brasil) - Saúde como política colonial: o serviço de saúde da colonia de Moçambique entre 1933 e 1975

Jean Gormo e Mve Belinga (ENS- Meroua) -  Médecine occidentale au Cameroun sous administration française : entre heurts et stratégies d’implantation

 

18h20-18h50 – Debate

 

18h50 - Visita à Exposição “Operações Militares no Distrito da Huíla - 1908” – Biblioteca da Faculdade de Letras do Porto

 

19h15 - Reunião do Projecto “Estado Colonial”.

 

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17 de Maio de 2013

Anfiteatro Nobre – FLUP

 

 

09h30-10h30

Painel 5 : Politicas e instituições -  o aparelho político-militar colonial I

Arlindo Caldeira (CHAM, Universidade Nova de Lisboa ) - O telégrafo, o telefone e o motor de explosão como armas de guerra na ocupação portuguesa do Sul de Angola (1904-1915)

Celia Taborda (Univ. Lusófona do Porto/CEAUP) - Revoltas contra o Estado colonial português na Índia: o caso de Satari

Colette Dubois (Université d’Aix et de Marseille)- Travail forcé en temps de guerre : le portage militaire durant la Campagne du Cameroun (1914-1916)

 

10h30-11h00 - Debate

 

11h00-11h15 – Intervalo

 

11h15-11h55

Painel 5 : Politicas e instituições -  o aparelho político-militar colonial II

Carla Prado (CEAUP) - “The Vile Hand of Torture” : o exército francês durante a guerra de independência da Argélia (1958-1962)

Iolanda Vasile (CES – Univ. Coimbra) - O Estado colonial no seu último sopro: sobre os aliados de Portugal no contexto da Guerra Fria (1961-1974)

 

11h55-12h25 - Debate

 

12h25-14h30 – Almoço

 

14h30-15h30

Painel 6 : Politicas e instituições - administração colonial e populações locais

Adam Mahamat (ENS- Meroua ) - Ouvrages coloniaux et phénomènes migratoires au Nord Cameroun

Samuel Coghe (European University Institute, Florence/MPI for the History of Science, Berlin) - Reordering Colonial Society - Model Villages and Population Politics in Portuguese Angola, 1920s-1940s

Augusto Nascimento (IICT- Lisboa) - Administração colonial em São Tomé e Príncipe durante o Estado Novo: a produção do acatamento da autoridade, da reverência e do apaziguamento social e político

 

15h30-16h00 – Debate

 

16h00-16h15 – Intervalo

 

16h15–17h15

Painel 7: Políticas e instituições - políticas de aculturação I

Alexis Diagne Thevenod (Université Paris-Sorbonne) - L’Etat colonial face à l'altérité linguistique: (il)logiques d'inclusion et d'exclusion

Maria de Fatima Moura Ferreira (CITCEM-UM) - Dos Estudos Gerais às Universidades ultramarinas:ressonâncias políticas, coloniais e sociais a partir do caso da universidade de Lourenço Marques na década de 60

Marcos Coelho (Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP) - A Comissão de Caça de Lourenço Marques e a regulamentação da caça pelo Estado Colonial em Moçambique

 

17h15-17h45 - Debate

 

17h45 – 18h25

Painel 7: Políticas e instituições - politicas de aculturação II

Caio Simoes de Araújo (Institute for International and Development Studies, Geneva) - Beyond the Empire: Race, Ethnography and the Colonial State in Angola

Alberto Oliveira Pinto (CEsA/ISEG – UTL) - A voz colonial em coexistência com a voz nacional na literatura e na música angolana dos anos de 1950/60

 

18h25-18h55– Debate

 

19h00 – Encerramento

 

 

 

 

 

 

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Mas o chefe de posto não foi lá colocado só para observar a natureza e proceder a estudos etnográficos, botânicos, geológicos ou linguísticos. Ele tem por missão administrar. Traduza-se esta palavra… administrar é, afinal, em vista dos interesses superiores da civilização, impôr regulamentos, limitar as liberdades particulares em beneficio das liberdades colectivas, cobrar impostos.

 

  1. Angoulvant, La Pacification de la Côte d’Ivoire. Paris, 1916 (citado em Suret-Canale, Afrique Noire, Occidentale et Centrale – L’ére coloniale (1900-1945),Paris, 1964, p. 129).

 

Esta definição do verbo “administrar” dada em 1916 por um antigo governador da Costa do Marfim , seria certamente consensual entre as diferentes administrações coloniais da época. Para todas as regiões tropicais que então integravam impérios coloniais, fosse qual fosse o seu estatuto jurídico, o contato cultural com a “civilização” seria feito, mais tarde ou mais cedo, através de um corpo administrativo específico – o Estado colonial.

 

Nas últimas décadas, a análise histórica da época colonial teve, tanto no caso português como dos restantes casos, avanços decisivos. Além disso, a conceptualização do Estado é um tópico do pensamento político moderno de tal modo glosado que dispensa qualquer chamada de atenção. No entanto, o Estado colonial não resultou de uma transposição das instituições metropolitanas para as regiões do mundo a si anexadas. O seu modo de funcionamento, os fundos que o financiavam e alguns dos seus objectivos diferenciavam-se substancialmente do Estado na metrópole. Os dois aparelhos políticos podiam até funcionar separadamente, como aconteceu durante a 2ª guerra mundial, visto que as mudanças de regime (mesmo constitucionais) na metrópole não se reflectiam simetricamente nas administrações coloniais.

 

As ciências sociais, políticas e históricas, podem, hoje mais do que nunca, aproveitar a especificidade do Estado colonial para uma reflexão crítica sobre a génese e o funcionamento dos aparelhos políticos na época contemporânea.

 

É com esta intenção que o CEAUP organiza um primeiro encontro específico sobre a problemática do Estado colonial.  A primeira edição será exploratória e visa sobretudo a constituição de uma rede de pesquisa que, inicialmente, estará centrada sobre o Estado colonial português. Contudo, e uma vez que a riqueza do tema depende sobretudo da perspectiva comparada, as outras experiências coloniais são parte integrante deste objecto.

 

Esta iniciativa pretende ser a primeira de uma série de colóquios sobre o período colonial moderno cujas sub-temáticas a explorar serão mais sistematizadas e diversificadas nas próximas edições. Seguem alguns dos tópicos que poderão, não necessariamente por esta ordem, justificar a realização de encontros específicos:

 

1)    Aparelhos políticos e organização territorial 

2)    Sistemas fiscais

3)    Sistemas jurídicos e judiciais 

4)    Sistemas de ensino, incluindo a integração das missões religiosas

5)    Sistemas de saúde 

6)    Redes de comunicação (dos transportes às emissões radiofónicas, etc)

7)    Organização laboral 

8)    Aparelhos policiais e militares

9)    Relações “externas” (interacção metrópole-colónias, das colónias entre si, com organizações multilaterais, etc)

 

Propomos que o primeiro destes encontros sirva principalmente para aferir as linhas de pesquisa onde a investigação se faz já com maior incidência e que deste modo, os investigadores que desejem participar o façam segundo as suas pesquisas em curso, sem limitações temáticas.

 

 A organização está também consciente de que o prazo limite para a chamada de comunicações (8 de Abril) deste primeiro encontro corre o risco de o tornar menos representativo, mesmo considerando apenas o universo da pesquisa realizada em Portugal. Consideradas as vantagens que, para a constituição de uma rede de trabalho, resultarão de ter uma ampla participação tão cedo quanto possível, julgamos que é uma opção plenamente justificada.

 

De acordo com política seguida em outros colóquios internacionais do CEAUP, haverá uma publicação a partir dos materiais apresentados.

 

Prazo limite para a apresentação de proposta de comunicações (resumos em português e inglês - cada um até 1500 caracteres) : 8 de Abril de 2013

Prazo para a validação da Comissão Científica: 15 de Abril de 2013

 Línguas de trabalho: Português, Inglês, Francês

 

Comissão Científica: Alexander Keese,  José Capela, Maciel Santos, Philip Havik.

 

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INSCRIÇÕES:

 

As inscrições para o Colóquio em epígrafe deverão ser enviadas para o email:

Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

 com indicação clara de nome, morada, número fiscal (obrigatório) e comprovativo de transferência bancária de pagamento. Os recibos de pagamento serão entregues nos dias do Colóquio na banca do CEAUP. Os dados para a transferência são:

 

CENTRO DE ESTUDOS AFRICANOS U.P.

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

 CAMPO ALEGRE

4150 PORTO 

NIB     0035 0194 00002032530 53

IBAN    PT50 0035 0194 00002032530 53

BIC SWIFT       CGDIPTPL

 

Valor para público em geral: 10€

Gratuito para Estudantes - sem necessidade de inscrição prévia.

 

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THE COLONIAL STATE - GENUS OR SUB-SPECIES?
International Seminar


Date: 16th & 17th May 2013
Venue: Anfiteatro Nobre - Faculdade de Letras da Universidade do Porto

"But the chefe de poste was not appointed to observe nature and to carry out ethnographic, botanical, geological or linguistic studies. He is expected to administrate. The translation of this word….administrate is, essentially, taking into account the superior interests of civilization, to impose regulations, to limit private to the benefit of collective rights and collect taxes."(1)

 (1) G. Angoulvant, La Pacification de la Côte d’Ivoire. Paris, 1916 (quoted from J. Suret-Canale, Afrique Noire, Occidentale et Centrale – L’ére coloniale (1900-1945), Paris, 1964, p. 129).


This definition of the verb 'to administrate' given in 1916 by a former governor of the Ivory Coast, would no doubt have been commonly accepted among the different colonial administrations at the time. In the case of all tropical regions which then formed part of colonial empires, whatever their legal status, cultural contacts with 'civilization' fell under the control of a specific administrative institution/corpus, i.e. the colonial state. Over the last decades, the historical study of the colonial period has advanced considerably, both in the case of the Portuguese and other empires. However, the concept of the colonial state did not emanate from a transposition of metropolitan institutions to the different parts of globe it annexed. Its mode of operation and funding and some its basic aims differed substantially from the metropolitan 'mother' state. The two political apparatuses could indeed function separately, as happened during WWII, while the regime changes (also constitutional reforms) in Europe were not symmetrically reflected in colonial administrations.
Currently, political, economic, historical, anthropological sciences find themselves in a privileged position to reflect upon the specific nature of the colonial state and produce a critical assessment on the origins, the operation and the evolution of the modern colonial state. 
It is with this intention that the CEAUP organizes the first of a series of meetings to discuss the subject of the colonial state. This first meeting will be of an exploratory nature, and is meant, above all, to establish a research network, which initially, will focus on the colonial state itself. However, with time, and owing to the great diversity of issues and in view of the fact that the diversity of the subject matter is greatly enhanced by a comparative approach, other experiences associated with the colonial period will become an integral part of this debate. 

The themes which will be discussed over time in a more systematical fashion are quite diverse; the list given below for example, but not necessarily in this order, may serve as a guideline for general themes for future meetings. 
1) Political apparatuses and territorial organization
2) Fiscal systems
3) Legal and judicial systems 
4) Educational systems, including religious missions
5) Public health systems
6) Transport and communication networks 
7) Organization of labour 
8) Coercive apparatuses (Armed Forces, Police, Secret services)
9) External and foreign relations (interaction between metropolis and colonies, between the different colonies, and with multilateral organizations, etc)

We propose that the first of these meetings mainly serve to establish the principal foci regarding the study of the colonial state which are already the subject of research, thereby allowing researchers who wish to take part to present their work in progress, without thematic limitations. Indeed, the organizers are quite aware that the (relatively short) deadline of the present call for paper submissions of this first meeting does not allow for a more elaborate approach at this stage. Nevertheless, taking into account the advantages resulting from the establishment of a research network, we wish to highlight the importance of obtaining a broad response to this call as soon as possible which will create the conditions for an informative, exploratory debate on the issue at this juncture.

In accordance with the policy applied to previous international seminars organized by the CEAUP, a publication will be published with some of the presented papers.

Deadline for the submission of abstracts (one in English and another in Portuguese up to 1500 characters each): 8th April 2013

Deadline for the acceptance of papers by the Scientific Committee: 15th April 2013

Languages: Portuguese, English and French.

 

Scientific Committee: Alexander Keese, Philip Havik, José Capela, Maciel Santos.

 

 

L'ÉTAT COLONIAL: GENRE OU SOUS-ESPÈCE?

COLLOQUE INTERNATIONAL 

Date: 16 & 17 mai 2013

Place: Anfiteatro Nobre - Faculdade de Letras da Universidade do Porto

 

Mais le chef de poste n’était pas y placé seulement pour observer la nature et procéder à des études ethnographiques, botaniques, géologiques ou linguistiques. Sa mission est d’administrer. On traduit ce mot … administrer est, après tout, et en vue des intérêts supérieurs de la civilisation, imposer des règlements, limiter les libertés individuelles particulières en bénéficie des collectives,  recevoir les impôts.

  1. Angoulvant, La Pacification de la Côte d’Ivoire. Paris, 1916 (cité en Suret-Canale, Afrique Noire, Occidentale et Centrale – L’ère coloniale (1900-1945), Paris, 1964, p. 129).

 

Cette définition du verbe “administrer” donné en 1916 par un ancien gouverneur de la Cote d’Ivoire serait certainement consensuelle parmi les différentes administrations coloniales de l’époque. Avec tous les régions tropicales que intégraient alors les empires coloniaux, n’importe leur statut juridique, le contact culturel de la “civilisation” serait fait, plus tôt ou plus tard, à travers un corps administratif spécifique – l’État colonial.

 

Pendant les dernières décades, l’analyse historique de l’époque coloniale a eu, aussi dans le cas portugais comme dans les autres, des avances décisives. D’ailleurs, la conceptualisation de l’État est un topique de pensé politique moderne si glosé qu’il dispense des nouvelles lectures. Pourtant, l’État colonial n’était pas le résultat d’une transposition des institutions métropolitaines vers les régions du monde que lui était annexées. Son mode de fonctionnement, les fonds que le finançaient  et une partie de ses objectifs se distinguaient substantiellement de ceux de l’État métropolitain. Les deux appareils politiques pouvaient même fonctionner séparément, comme pendant la 2ème guerre mondiale, puisque les changements du régime (même les constitutionnelles) dans la métropole ne se réfléchissaient pas symétriquement dans les administrations coloniales.

Cette spécificité de l’État colonial le rend très utile aux sciences sociales, politiques et historiques pour une réflexion critique sur la genèse des appareils étatiques politiques dans l’époque contemporaine. C’est avec cette intention que le CEAUP organise un premier rencontre spécifique  sur cette thématique de l’État colonial. La première édition sera un but exploratoire et prétend, surtout, d’établir des bases d’un réseau de recherche centré, initialement, sur l’État colonial portugais. Pourtant, et parce que la richesse du thème dépend surtout de la perspective comparée, les autres expériences coloniales font partie intégrale de cet objet.

Cette initiative prétend donc devenir la première d’une série de colloques sur les appareils étatiques de la colonisation moderne dont les sous-thématiques seront déployées dans les prochaines éditions. Ci-dessous des topiques qui pourront, non nécessairement par cette ordre, justifier la réalisation des rencontres spécifiques :

1) Appareils politiques et organisation territorial;

2) Systèmes fiscales;

3) Systèmes juridiques et judicieux;

4) Appareils idéologiques;

5) Systèmes d’enseignement (missions religieuses inclues);

5) Systèmes de santé; 

6) Réseaux de communication (des transports aux émissions radiophoniques);

7) Organisations  du travail;

8) Appareils répressifs (policier et militaire);

9) Relations "externes" (interaction métropoles-colonies, des colonies entre elles-mêmes et avec les organisations multilatérales, etc)

 

On propose attribuer à premier Colloque comme tâche majeure l’identification des lignes de recherche qui ont déjà des résultats accomplis dans ce champ scientifique. Ainsi, les chercheurs qui veuillent y participer pourront le faire selon ses propres recherches en cours, sans limitations thématiques.

La commission organisatrice a conscience que le délai fixé pour la présentation des communications (8 avril) est limitatif et que cette première édition ne sera pas représentative, même si on considère seulement la recherche développée au Portugal. Cependant, on considère que les avantages apportés par une ample participation à la constitution d’un réseau de travail justifient ce choix.

On prévoit une publication à partir des matériels présentés, selon la politique éditoriale du CEAUP.

Présentation des résumés en français et anglais - 1500 caractères per résumé : 8 avril 2013

Validation de la Commission Scientifique: 15 avril 2013

Langues de travail: Portugais, Français et Anglais.

Commission Scientifique: Alexander Keese, José Capela, Maciel Santos, Philip Havik.

 

 

 

 

FOTO: Major João de Almeida

 

O CEAUP, o Centro de Audiovisuais do Exército e a Biblioteca da FLUP apresentam a exposição “Operações Militares em Angola – 1908”. Trata-se de uma colecção de 29 fotografias inéditas, tiradas durante as expedições militares realizadas na região centro-norte de Angola. Esta exposição será completada por uma outra, a apresentar brevemente, também na FLUP, sobre as Guerras do Sul de Angola em 1907.

 

A exposição encontra-se patente no 2º piso da Biblioteca da FLUP de 16 de Maio a 14 de Junho.

 

 

Data: 17 e 18 de Outubro de 2013
Local: Anfiteatro Nobre da Faculdade de Letras da Universidade do Porto / Sala de Reuniões / Anfiteatro 2

Desde os primeiros contactos, ainda no séc. XV, que a presença europeia no continente africano se fez acompanhar por campanhas missionárias. Assegurada num primeiro momento e em largo espectro pelas Ordens e Congregações Religiosas católicas, a ação missionária vai lentamente obtendo resultados, traduzíveis numa presença que se pretendia mais estável e institucionalizada (de que a pontual ereção de dioceses poderá ser um indicador). Em paralelo assistir-se-á à entrada em campo de missionários de outras confissões cristãs, aduzindo à evangelização de África a tónica de pluralidade confessional que o cristianismo ganhara na Europa a partir do séc. XVI.
Ao entrar no século XX, no entanto, apenas 10% da África era cristã. Hoje podemos dizer que cerca de metade o é. O sucesso dessa expansão resultou fundamentalmente do facto de muitos dos africanos convertidos se terem transformado em missionários procedendo a uma readaptação cultural da mensagem. Três fatores contribuíram para a missionação a partir de dentro: a abolição da escravatura, o retorno de missionários à Europa durante a I Guerra Mundial, a forte expansão (neo)pentecostal desde os finais do século XX até à atualidade, onde o importante contributo brasileiro deve ser considerado.
Por outro lado, a missionação europeia em África parece ter encontrado novas estratégias: agora menos centradas na evangelização e cada vez mais nas obras sociais e no contributo dos movimentos de leigos, organizados em ONGD (Organizações não Governamentais para o Desenvolvimento). 
O estudo das ações e mediações missionárias suscitou uma vigorosa produção científica na área das ciências sociais, de modo especial da antropologia, sobretudo a partir do fim da Segunda Guerra Mundial, acontecimento que acelerou a descolonização de muitos países africanos. 
Compreende-se como mediação missionária, os complexos aspetos da interação cultural, linguística, cosmogónica e política da relação entre missionários ocidentais - católicos e protestantes - e as populações africanas. No quadro dessa mediação merece especial reflexão o papel dos nativos que se tornam missionários. Tudo isto fazendo parte dos processos mais amplos que marcaram as experiências políticas e sociais da África, no século XX. 
Este congresso tem como objetivo central refletir sobre as diferentes modalidades de evangelização em África, desde os seus frágeis inícios até ao forte incremento do século XIX e deste até à atualidade pós colonial e globalizada e a respetiva interação com outros domínios da realidade africana.
Importa rever e problematizar as formas de análise e interpretação dos estudos sobre a religião em África. Nesse sentido, espera-se que o congresso seja um espaço de debate alargado e transversal onde se pretende que sejam apresentadas pesquisas e produção documental e bibliográfica realizada a partir de arquivos missionários cristãos; estudos sobre a reconversão do trabalho missionário ocidental mais centrado na ação social e menos na mensagem.
Por último, é fundamental refletir sobre o papel de África, no contexto da missionação atual: a sua deslocação de objecto de análise para a de sujeito ativo no fenómeno missionário mundial. A vitalidade e diversidade religiosa do cristianismo contemporâneo em África e, na sequência disso, o fenómeno de "Missão inversa", que se tem operado a partir daí para o "mundo descristianizado", nomeadamente para a Europa, não podem ser ignorados.

 

Sessões Temáticas
a) Novas estratégias de missionação europeia em África 
b) A documentação histórica dos arquivos missionários: possibilidades e problemas metodológicos.
c) História Oral das Missões: pesquisas em torno das histórias de vida 
d) Mediação missionária: interações entre missionários, povos e áreas de missão
e)Missões e redes económicas em África: presença e intervenção das ações missionárias nos sistemas económicos dos países de missão.
f) Missão inversa: a Cristianização da Europa
g) O Pentecostalismo global: missionários brasileiros em África
h) Novas modalidades de cristianismo em África: a reconversão dos modelos importados 

 

 

PROGRAMA

 

16 de Outubro de 2013

Reitoria da Universidade do Porto

15:00 – Recepção aos conferencistas do Colóquio

 

17 de Outubro de 2013

Anfiteatro Nobre – FLUP

9:00 – Recepção dos participantes e distribuição da documentação

9:30 – Sessão de abertura

Reitoria da U.P.

Direcção da FLUP

Coordenação da Unidade I&D CEAUP

Direcção do CEAUP

10:00 - Conferência inaugural

Pe. Frei Henrique Pinto Rema, OFM

 

11:00 – Intervalo

 

11:15 – Anfiteatro Nobre  - Primeira sessão plenária: Os Arquivos Eclesiásticos e a História Missionária. Moderador: Luís Amaral. Comentador: Odair Paiva.

  • Elvira Azevedo Mea
  • Patrícia Teixeira Santos
  • Mika Palo

            12:15: Debate

 

13:00 - 14:30: Almoço

 

14:30: Sessões Simultâneas

         Anfiteatro Nobre –  Painel A): A Igreja Tridentina e os primeiros esforços missionários. Coord. Elvira Azevedo Mea.

  • Vanicléia Silva Santos -A tradução religiosa entre jesuítas e povos da guiné: O papel das relíquias católicas na expansão do império português.
  • Maria Lucia Abaurre Gnerre e Dilaine Soares Sampaio de França -Estratégias missionárias dos Jesuítas nos séculos XVI e XVII: entre África e Índia.
  • Tomás Motta Tassinari -Questões sobre a mediação missionária em África: o “falhanço” da primeira missão jesuíta no Congo – 1548-1555.
  • Nuno de Pinho Falcão- Um Embaixador para o Papa. A embaixada do Marquês de Funta na política missionária da corte Romana (1604-1608).

.      Alberto Oliveira Pinto – A génese da evangelização do reino do Kongo na história colonial e nacional de Angola e nas primeiras abordagens da literatura angolana: do mito de Diogo Cão (1482-86) à revolta da Casa dos Ídolos (c. 1515)

 

           Sala de Reuniões -  Painel B): Diásporas missionárias e avivamento carismático. Coord.: Donizete Rodrigues

  • Natalia Zawiejska -Evangélicos angolanos em Lisboa – caso da Assembleia de Deus do Maculusso.
  • Max Ruben Ramos -Missionários protestantes cabo-verdianos em Portugal: para uma abordagem sobre o cristianismo contemporâneo.
  • Maria Isabel Tomás -A Presença dos Angolanos nas Igrejas Protestantes Portuguesas.
  • James de Sousa Feitosa -Vigílias de Oração nos Montes: liminaridades carismáticas do Brasil em Portugal.

 

16:30 – 16:45: Intervalo

 

16:45: Anfiteatro Nobre – Segunda Sessão Plenária – Mediação e Contextos Missionários. Moderador: Patrícia Teixeira Santos. Comentador: Iracema Dulley.

  • Eric Morier-Genoud
  • Lorenzo Macagno
  • Madalina Florescu

 

            17:45 Debate

18:30: Lançamento da obra Fé, Guerra e Escravidão: Uma História da Conquista Colonial do Sudão (1881-1898), de Patrícia Teixeira Santos.

 

 

18 de outubro de 2013

Anfiteatro Nobre – FLUP

9:30 – Conferência: Paul Freston

10:30 – Intervalo

10:45 – Sessões Simultâneas e Debate

Anfiteatro Nobre - Painel C): Arquivos e espólios missionários: possibilidades e problemas metodológicos. Coord.: Márcia Eckert Miranda

  • Ana Rita Amaral -A etnografia como mediação missionária? As práticas de coleccionar objectos e a escrita etnográfica dos missionários espiritanos em Angola (1930s-1960s).
  • Aramis Luis Silva -Coleções etnográficas missionárias como códigos de comunicação intercultural
  • Marlene Abreu Pinto -Fontes franciscanas para o estudo da ação missionária da Província Portuguesa da Ordem dos Frades Menores na África Lusófona.
  • Harley Abrantes Moreira -O discurso de jornais e revistas missionárias protestantes brasileiras acerca do continente africano no século XX.

 

Sala de Reuniões - Painel D): Mediação missionária: interações entre missionários, povos e áreas de missão(1). Melvina Afra Araújo

  • Pedro Pestana Soares -Acolhimento e reintegração de crianças acusadas de feitiçaria em duas missões católicas angolanas: Um estudo etnográfico.
  • Carlos Alberto Alves -Angola, católicos entre a defesa da soberania portuguesa e a independência política.
  • Jefferson Olivatto da Silva - O expansionismo católico na África: uma proposição interpretativa para a cultura eclesiástica.
  • Gaudêncio Félix Yakuleinge -O perigo de opções missionárias paganizantes. Perspectivas para uma Nova Evangelização ou Evangelização Nova (?)

 

Anfiteatro 2 -  Painel E): Evangelização em tempo de Estado Colonial: séc. XVIII-XIX. Coord.: Nuno Falcão

  • Carlos Almeida -Redescobrindo os caminhos da chamada “missão mista”, em Angola (1779-1788).
  • Érika Melek Delgado -As narrativas evangelizadoras da Niger Expedition: Uma análise comparativa dos discursos missionários de 1841.
  • Lourenço Ocuni Cá e Cristina Mandau Ocuni Cá - A presença da missão católica na Guiné-portuguesa em 1897.

 

12:45 às 14:30: Pausa para Almoço

 

14:30: Anfiteatro Nobre - Terceira Sessão Plenária – Missão Inversa: a “(re)cristianização” da Europa. Moderador: Manuela Sousa Luz. Comentador: Paul Freston

  • Helena Vilaça
  • Donizete Rodrigues
  • Maria João Oliveira

            15:30 Debate

 

16:15 Intervalo

16:30: Sessões Simultâneas e Debate

Anfiteatro Nobre - Painel F): A missão feita memória: pesquisas em torno das histórias de vida. Coord.: Aramis Luís Silva

  • Lúcia Helena Oliveira Silva -Entre anglicanos e muçulmanos: a vida de um africano no protetorado de Buganda (1868-1956)
  • Míriam Lopes -Evangélicos Portugueses na “grande família missionária”
  • Ambra Formenti -No storia. O crescimento do Cristianismo Evangélico na Guiné-Bissau.
  • Iracema Dulley -Jesse Chiula Chipenda e missão da ABCFM no Planalto Central angolano.

 

Sala de Reuniões -  Painel G): Mediação missionária: interações entre missionários, povos e áreas de missão(2). Coord. Helena Vilaça

  • Simão Jaime -Assistência social ou estratégias de conversão? Funcionamento e critérios de ingresso à Escola Bodine da Igreja Metodista Episcopal em Moçambique, 1910 a 1955.
  • Luis Frederico Lopes dos Santos -Missionários nativos e nativos missionários: a ‘Church Missionary Society’ e seus afiliados como agentes sociais na formação do Protetorado de Uganda.
  • Alessandra Gando Guerra -Missionários protestantes e a circuncisão feminina no Quênia: a construção do povo Kikuyu.
  • Jean GORMO -Le CDD dans l’Extrême-Nord Cameroun: entre stratégies d’évangélisation et développement rural.

 

Anfiteatro 2 -  Painel H): Evangelização em tempo de Estado Colonial: séc. XX. Coord.: Adélio Abreu

  • Luís Frederico Dias Antunes  e Vitor Luís Gaspar Rodrigues -Olhares de missionários católicos em Moçambique sobre a escravidão e a etnografia africanas (1936-39).
  • Martinho Pedro -Diocese de Nampula: por uma história de uma acção pastoral na colónia de Moçambique no âmbito da acção do Estado colonial português.
  • Augusto Nascimento -Política e religiosidade em São Tomé e Príncipe do colonialismo ao pós-independência.

.       Eva Sebestyén - O impacto da Missionação luterana em Ovambo na segunda parte de séc. 19 e no início de séc. 20

 

18:30: Conferência e Sessão de Encerramento – Melvina Afra Araújo

 

20:00: Jantar de Convívio

 

 

19 de outubro de 2013

Sala de Reuniões – FLUP

10:00: Reunião de Trabalho para estabelecimento de Protocolo de colaboração com as Instituições Missionárias - Coord.: Elvira Azevedo Mea e Odair Paiva.

 

15:00: Visita guiada ao Porto Património da Humanidade - Partida do Terreiro da Sé.

Visita gratuita, mas que não dispensa marcação junto da Organização do Colóquio.

 

 

ORGANIZAÇÃO

CEAUP

Faculdade de Letras da Universidade do Porto

VIA PANORÂMICA S/N

4150-564 PORTO

Email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Telf: +351 22 607 71 41

 

INSTITUIÇÕES PARCEIRAS

Universidade Católica Portuguesa

UNIFESP – Programa de Pós-graduação em História

UFFB

CEBRAP

PPG-CR

 

APOIOS

Fundação para a Ciência e a Tecnologia

Reitoria da Universidade do Porto

Cabido Portucalense

Porto Editora

 

 

INSCRIÇÕES:

 As inscrições para o Colóquio deverão ser enviadas para o email:

Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

com indicação clara de nome, estatuto (estudante ou público em geral), morada, número fiscal (obrigatório) e comprovativo de transferência bancária de pagamento. Os recibos de pagamento serão entregues nos dias do Colóquio na banca do CEAUP. Os dados para a transferência são:

CENTRO DE ESTUDOS AFRICANOS UP.

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

CAMPO ALEGRE

4150 PORTO

NIB     0035 0194 00002032530 53

IBAN    PT50 0035 0194 00002032530 53

BIC SWIFT       CGDIPTPL

 

Valor para estudantes: 5€

Valor para público em geral: 15€

 

 

20 Maio de 2014 - Anfiteatro Nobre - FLUP

 

15h00 – Sessão de abertura

Primeira Sessão – Escravatura e tráfico de escravos em Angola

15h15-15h35: Carlos Almeida – (IICT-AHU) - Escravos da Igreja na missão capuchinha em Angola (séc. XVII-XVIII)

15h35–15h50- Debate

15h50-16h10: Maryann Bury - (Univ. York – Canada) - Anjinhos and Family in a slaving port - Benguela in the 1790s

16h10h-16h25 - Debate

16h25-16h40 -  Coffe break

16h40– 17h00: Tracy Lopes - (Univ. York – Canada) Slave Imprisonments and Punishment in a Former Slaving Port—Luanda, 1857-1878

17h00-17h15– Debate

17h15-17h35:  José Curto - (Univ. York – Canada) Producing Liberated Slaves in Angola (c. 1836-1875)

17h35-17h50 – Debate

 

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21 de maio de 2014 - Anfiteatro Nobre – FLUP

 

Segunda Sessão – Redes metropolitanas e destinos do tráfico

15h00-15h20: Abubacar Fofana (Univ. York – Canada) - "Juana y Francisco Macuá. Mozambiques" in the Spanish Caribbean

15h20-15h35 – Debate

15h35-15h55: Amândio Barros (CITCEM) - Traficantes e Senhores de escravos num porto atlântico. O Porto no início da época moderna

15h55-16h10 – Debate

16h10-16h40: Amélia Polónia (DHEPI – CITCEM)/ Ana Ribeiro (CIDHEUS/ CITCEM) - A presença de escravos em sociedades marítimas portuguesas nos séculos XVI e XVII  - desempenhos e interações sociais

16h40-16h55- Debate

16H55 –17h15 – Coffee Break

17H15- Debate geral sobre as comunicações e tendências de investigação desta problemática.

 

 

 

ORGANIZAÇÃO:

Centro de Estudos Africanos U. P.

Faculdade de Letras da Universidade do Porto

Via Panorâmica s/n

4150-564 Porto

telef: +351226077141

e-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

URL: http://www.africanos.eu

https://www.facebook.com/ceaup

 

e

 

Departamento de História e de Estudos Políticos e Internacionais

Faculdade de Letras da Universidade do Porto

Via Panorâmica s/n

4150-564 Porto

telef: +351220427646

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Apoio

Unidade I&D integrada no projeto com referência UIDB/00495/2020 (DOI 10.54499/UIDB/00495/2020) e UIDP/00495/2020.

 

Contactos

Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto
Via panorâmica, s/n
4150-564 Porto
Portugal

+351 22 607 71 41
ceaup@letras.up.pt