
16 de Maio 2013
Anfiteatro Nobre - FLUP
09h30 – Sessão de abertura e distribuição da documentação aos participantes
10h00-11h00
Painel 1 : A base material do Estado Colonial I
Philip Havik (Univ. Nova de Lisboa) - Administration, Extraction and Citizenship: rethinking the 'colonial state' in former Portuguese Africa
Paul Nugent (Centre of African Studies, University of Edinburgh ) - Taxes and State-Making: Comparing Colonial Projects in West Africa c.1900-1960
Luís Madeira (Univ. Beira Interior) – Decisão na metrópole, execução no Ultramar. O orçamento do Estado Colonial Português
11h00-11h30 – Debate
11h30-11h45 – Intervalo
11h45-12h45
Painel 1 : A base material do Estado Colonial II
Maciel Santos (CEAUP) - As “granjas do Estado” - burocracia e “economia natural” na administração colonial portuguesa (1908-1936)
Jean Gormo (ENS- Meroua/CEAUP) - Impôt de capitation et travail forcé au Cameroun sous administration coloniale française
Ndiouga Benga (Université Cheikh Anta Diop, Dakar) - On ne nous laisse rien ! Le régime financier et fiscal, enjeu de la gestion municipale à Rufisque, Sénégal (1924-1942)
12h45-13h15– Debate
13h15-14h30 - Almoço
14h30-15h10
Painel 2 : Políticas e instituições - orgânica administrativa
Bruno Fonseca (CITCEM-UM) - O Gabinete dos Negócios Políticos: um Gabinete ao Serviço da Politica Colonial?
Martinho Pedro (Univ. Pedagógica, Maputo) - Funcionalidade sistémica dissimétrica do Estado colonial Português em Moçambique. Um estudo a partir do então Distrito de Moçambique
15h10-15h40 – Debate
15h40-15h55 – Intervalo
15h55 – 16h35
Painel 3: Politicas e instituições - sistemas jurídicos coloniais e locais
Manuela Assis - Sistemas Jurídicos e Judiciais. Os Tribunais Coloniais e a aplicação da Justiça aos Indígenas
Fernanda Thomaz (Universidade Federal Fluminense) - Um tribunal na implantação do Estado colonial em Cabo Delgado
16h35–17h05 – Debate
17h05 -17h20 - Intervalo
17h20-18h20
Painel 4: Políticas e instituições - serviços de saúde
Ana Roque (IICT – Centro de História) – Os serviços de saúde em Moçambique na viragem do século XIX: Limitações, dificuldades e imprevistos na sua atuação
Carolina Maira G. Morais (Casa de Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz, Brasil) - Saúde como política colonial: o serviço de saúde da colonia de Moçambique entre 1933 e 1975
Jean Gormo e Mve Belinga (ENS- Meroua) - Médecine occidentale au Cameroun sous administration française : entre heurts et stratégies d’implantation
18h20-18h50 – Debate
18h50 - Visita à Exposição “Operações Militares no Distrito da Huíla - 1908” – Biblioteca da Faculdade de Letras do Porto
19h15 - Reunião do Projecto “Estado Colonial”.
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17 de Maio de 2013
Anfiteatro Nobre – FLUP
09h30-10h30
Painel 5 : Politicas e instituições - o aparelho político-militar colonial I
Arlindo Caldeira (CHAM, Universidade Nova de Lisboa ) - O telégrafo, o telefone e o motor de explosão como armas de guerra na ocupação portuguesa do Sul de Angola (1904-1915)
Celia Taborda (Univ. Lusófona do Porto/CEAUP) - Revoltas contra o Estado colonial português na Índia: o caso de Satari
Colette Dubois (Université d’Aix et de Marseille)- Travail forcé en temps de guerre : le portage militaire durant la Campagne du Cameroun (1914-1916)
10h30-11h00 - Debate
11h00-11h15 – Intervalo
11h15-11h55
Painel 5 : Politicas e instituições - o aparelho político-militar colonial II
Carla Prado (CEAUP) - “The Vile Hand of Torture” : o exército francês durante a guerra de independência da Argélia (1958-1962)
Iolanda Vasile (CES – Univ. Coimbra) - O Estado colonial no seu último sopro: sobre os aliados de Portugal no contexto da Guerra Fria (1961-1974)
11h55-12h25 - Debate
12h25-14h30 – Almoço
14h30-15h30
Painel 6 : Politicas e instituições - administração colonial e populações locais
Adam Mahamat (ENS- Meroua ) - Ouvrages coloniaux et phénomènes migratoires au Nord Cameroun
Samuel Coghe (European University Institute, Florence/MPI for the History of Science, Berlin) - Reordering Colonial Society - Model Villages and Population Politics in Portuguese Angola, 1920s-1940s
Augusto Nascimento (IICT- Lisboa) - Administração colonial em São Tomé e Príncipe durante o Estado Novo: a produção do acatamento da autoridade, da reverência e do apaziguamento social e político
15h30-16h00 – Debate
16h00-16h15 – Intervalo
16h15–17h15
Painel 7: Políticas e instituições - políticas de aculturação I
Alexis Diagne Thevenod (Université Paris-Sorbonne) - L’Etat colonial face à l'altérité linguistique: (il)logiques d'inclusion et d'exclusion
Maria de Fatima Moura Ferreira (CITCEM-UM) - Dos Estudos Gerais às Universidades ultramarinas:ressonâncias políticas, coloniais e sociais a partir do caso da universidade de Lourenço Marques na década de 60
Marcos Coelho (Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP) - A Comissão de Caça de Lourenço Marques e a regulamentação da caça pelo Estado Colonial em Moçambique
17h15-17h45 - Debate
17h45 – 18h25
Painel 7: Políticas e instituições - politicas de aculturação II
Caio Simoes de Araújo (Institute for International and Development Studies, Geneva) - Beyond the Empire: Race, Ethnography and the Colonial State in Angola
Alberto Oliveira Pinto (CEsA/ISEG – UTL) - A voz colonial em coexistência com a voz nacional na literatura e na música angolana dos anos de 1950/60
18h25-18h55– Debate
19h00 – Encerramento
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Mas o chefe de posto não foi lá colocado só para observar a natureza e proceder a estudos etnográficos, botânicos, geológicos ou linguísticos. Ele tem por missão administrar. Traduza-se esta palavra… administrar é, afinal, em vista dos interesses superiores da civilização, impôr regulamentos, limitar as liberdades particulares em beneficio das liberdades colectivas, cobrar impostos.
- Angoulvant, La Pacification de la Côte d’Ivoire. Paris, 1916 (citado em Suret-Canale, Afrique Noire, Occidentale et Centrale – L’ére coloniale (1900-1945),Paris, 1964, p. 129).
Esta definição do verbo “administrar” dada em 1916 por um antigo governador da Costa do Marfim , seria certamente consensual entre as diferentes administrações coloniais da época. Para todas as regiões tropicais que então integravam impérios coloniais, fosse qual fosse o seu estatuto jurídico, o contato cultural com a “civilização” seria feito, mais tarde ou mais cedo, através de um corpo administrativo específico – o Estado colonial.
Nas últimas décadas, a análise histórica da época colonial teve, tanto no caso português como dos restantes casos, avanços decisivos. Além disso, a conceptualização do Estado é um tópico do pensamento político moderno de tal modo glosado que dispensa qualquer chamada de atenção. No entanto, o Estado colonial não resultou de uma transposição das instituições metropolitanas para as regiões do mundo a si anexadas. O seu modo de funcionamento, os fundos que o financiavam e alguns dos seus objectivos diferenciavam-se substancialmente do Estado na metrópole. Os dois aparelhos políticos podiam até funcionar separadamente, como aconteceu durante a 2ª guerra mundial, visto que as mudanças de regime (mesmo constitucionais) na metrópole não se reflectiam simetricamente nas administrações coloniais.
As ciências sociais, políticas e históricas, podem, hoje mais do que nunca, aproveitar a especificidade do Estado colonial para uma reflexão crítica sobre a génese e o funcionamento dos aparelhos políticos na época contemporânea.
É com esta intenção que o CEAUP organiza um primeiro encontro específico sobre a problemática do Estado colonial. A primeira edição será exploratória e visa sobretudo a constituição de uma rede de pesquisa que, inicialmente, estará centrada sobre o Estado colonial português. Contudo, e uma vez que a riqueza do tema depende sobretudo da perspectiva comparada, as outras experiências coloniais são parte integrante deste objecto.
Esta iniciativa pretende ser a primeira de uma série de colóquios sobre o período colonial moderno cujas sub-temáticas a explorar serão mais sistematizadas e diversificadas nas próximas edições. Seguem alguns dos tópicos que poderão, não necessariamente por esta ordem, justificar a realização de encontros específicos:
1) Aparelhos políticos e organização territorial
2) Sistemas fiscais
3) Sistemas jurídicos e judiciais
4) Sistemas de ensino, incluindo a integração das missões religiosas
5) Sistemas de saúde
6) Redes de comunicação (dos transportes às emissões radiofónicas, etc)
7) Organização laboral
8) Aparelhos policiais e militares
9) Relações “externas” (interacção metrópole-colónias, das colónias entre si, com organizações multilaterais, etc)
Propomos que o primeiro destes encontros sirva principalmente para aferir as linhas de pesquisa onde a investigação se faz já com maior incidência e que deste modo, os investigadores que desejem participar o façam segundo as suas pesquisas em curso, sem limitações temáticas.
A organização está também consciente de que o prazo limite para a chamada de comunicações (8 de Abril) deste primeiro encontro corre o risco de o tornar menos representativo, mesmo considerando apenas o universo da pesquisa realizada em Portugal. Consideradas as vantagens que, para a constituição de uma rede de trabalho, resultarão de ter uma ampla participação tão cedo quanto possível, julgamos que é uma opção plenamente justificada.
De acordo com política seguida em outros colóquios internacionais do CEAUP, haverá uma publicação a partir dos materiais apresentados.
Prazo limite para a apresentação de proposta de comunicações (resumos em português e inglês - cada um até 1500 caracteres) : 8 de Abril de 2013
Prazo para a validação da Comissão Científica: 15 de Abril de 2013
Línguas de trabalho: Português, Inglês, Francês
Comissão Científica: Alexander Keese, José Capela, Maciel Santos, Philip Havik.
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INSCRIÇÕES:
As inscrições para o Colóquio em epígrafe deverão ser enviadas para o email:
Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
com indicação clara de nome, morada, número fiscal (obrigatório) e comprovativo de transferência bancária de pagamento. Os recibos de pagamento serão entregues nos dias do Colóquio na banca do CEAUP. Os dados para a transferência são:
CENTRO DE ESTUDOS AFRICANOS U.P.
CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS
CAMPO ALEGRE
4150 PORTO
NIB 0035 0194 00002032530 53
IBAN PT50 0035 0194 00002032530 53
BIC SWIFT CGDIPTPL
Valor para público em geral: 10€
Gratuito para Estudantes - sem necessidade de inscrição prévia.
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THE COLONIAL STATE - GENUS OR SUB-SPECIES?
International Seminar
Date: 16th & 17th May 2013
Venue: Anfiteatro Nobre - Faculdade de Letras da Universidade do Porto
"But the chefe de poste was not appointed to observe nature and to carry out ethnographic, botanical, geological or linguistic studies. He is expected to administrate. The translation of this word….administrate is, essentially, taking into account the superior interests of civilization, to impose regulations, to limit private to the benefit of collective rights and collect taxes."(1)
(1) G. Angoulvant, La Pacification de la Côte d’Ivoire. Paris, 1916 (quoted from J. Suret-Canale, Afrique Noire, Occidentale et Centrale – L’ére coloniale (1900-1945), Paris, 1964, p. 129).
This definition of the verb 'to administrate' given in 1916 by a former governor of the Ivory Coast, would no doubt have been commonly accepted among the different colonial administrations at the time. In the case of all tropical regions which then formed part of colonial empires, whatever their legal status, cultural contacts with 'civilization' fell under the control of a specific administrative institution/corpus, i.e. the colonial state. Over the last decades, the historical study of the colonial period has advanced considerably, both in the case of the Portuguese and other empires. However, the concept of the colonial state did not emanate from a transposition of metropolitan institutions to the different parts of globe it annexed. Its mode of operation and funding and some its basic aims differed substantially from the metropolitan 'mother' state. The two political apparatuses could indeed function separately, as happened during WWII, while the regime changes (also constitutional reforms) in Europe were not symmetrically reflected in colonial administrations.
Currently, political, economic, historical, anthropological sciences find themselves in a privileged position to reflect upon the specific nature of the colonial state and produce a critical assessment on the origins, the operation and the evolution of the modern colonial state.
It is with this intention that the CEAUP organizes the first of a series of meetings to discuss the subject of the colonial state. This first meeting will be of an exploratory nature, and is meant, above all, to establish a research network, which initially, will focus on the colonial state itself. However, with time, and owing to the great diversity of issues and in view of the fact that the diversity of the subject matter is greatly enhanced by a comparative approach, other experiences associated with the colonial period will become an integral part of this debate.
The themes which will be discussed over time in a more systematical fashion are quite diverse; the list given below for example, but not necessarily in this order, may serve as a guideline for general themes for future meetings.
1) Political apparatuses and territorial organization
2) Fiscal systems
3) Legal and judicial systems
4) Educational systems, including religious missions
5) Public health systems
6) Transport and communication networks
7) Organization of labour
8) Coercive apparatuses (Armed Forces, Police, Secret services)
9) External and foreign relations (interaction between metropolis and colonies, between the different colonies, and with multilateral organizations, etc)
We propose that the first of these meetings mainly serve to establish the principal foci regarding the study of the colonial state which are already the subject of research, thereby allowing researchers who wish to take part to present their work in progress, without thematic limitations. Indeed, the organizers are quite aware that the (relatively short) deadline of the present call for paper submissions of this first meeting does not allow for a more elaborate approach at this stage. Nevertheless, taking into account the advantages resulting from the establishment of a research network, we wish to highlight the importance of obtaining a broad response to this call as soon as possible which will create the conditions for an informative, exploratory debate on the issue at this juncture.
In accordance with the policy applied to previous international seminars organized by the CEAUP, a publication will be published with some of the presented papers.
Deadline for the submission of abstracts (one in English and another in Portuguese up to 1500 characters each): 8th April 2013
Deadline for the acceptance of papers by the Scientific Committee: 15th April 2013
Languages: Portuguese, English and French.
Scientific Committee: Alexander Keese, Philip Havik, José Capela, Maciel Santos.
L'ÉTAT COLONIAL: GENRE OU SOUS-ESPÈCE?
COLLOQUE INTERNATIONAL
Date: 16 & 17 mai 2013
Place: Anfiteatro Nobre - Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Mais le chef de poste n’était pas y placé seulement pour observer la nature et procéder à des études ethnographiques, botaniques, géologiques ou linguistiques. Sa mission est d’administrer. On traduit ce mot … administrer est, après tout, et en vue des intérêts supérieurs de la civilisation, imposer des règlements, limiter les libertés individuelles particulières en bénéficie des collectives, recevoir les impôts.
- Angoulvant, La Pacification de la Côte d’Ivoire. Paris, 1916 (cité en Suret-Canale, Afrique Noire, Occidentale et Centrale – L’ère coloniale (1900-1945), Paris, 1964, p. 129).
Cette définition du verbe “administrer” donné en 1916 par un ancien gouverneur de la Cote d’Ivoire serait certainement consensuelle parmi les différentes administrations coloniales de l’époque. Avec tous les régions tropicales que intégraient alors les empires coloniaux, n’importe leur statut juridique, le contact culturel de la “civilisation” serait fait, plus tôt ou plus tard, à travers un corps administratif spécifique – l’État colonial.
Pendant les dernières décades, l’analyse historique de l’époque coloniale a eu, aussi dans le cas portugais comme dans les autres, des avances décisives. D’ailleurs, la conceptualisation de l’État est un topique de pensé politique moderne si glosé qu’il dispense des nouvelles lectures. Pourtant, l’État colonial n’était pas le résultat d’une transposition des institutions métropolitaines vers les régions du monde que lui était annexées. Son mode de fonctionnement, les fonds que le finançaient et une partie de ses objectifs se distinguaient substantiellement de ceux de l’État métropolitain. Les deux appareils politiques pouvaient même fonctionner séparément, comme pendant la 2ème guerre mondiale, puisque les changements du régime (même les constitutionnelles) dans la métropole ne se réfléchissaient pas symétriquement dans les administrations coloniales.
Cette spécificité de l’État colonial le rend très utile aux sciences sociales, politiques et historiques pour une réflexion critique sur la genèse des appareils étatiques politiques dans l’époque contemporaine. C’est avec cette intention que le CEAUP organise un premier rencontre spécifique sur cette thématique de l’État colonial. La première édition sera un but exploratoire et prétend, surtout, d’établir des bases d’un réseau de recherche centré, initialement, sur l’État colonial portugais. Pourtant, et parce que la richesse du thème dépend surtout de la perspective comparée, les autres expériences coloniales font partie intégrale de cet objet.
Cette initiative prétend donc devenir la première d’une série de colloques sur les appareils étatiques de la colonisation moderne dont les sous-thématiques seront déployées dans les prochaines éditions. Ci-dessous des topiques qui pourront, non nécessairement par cette ordre, justifier la réalisation des rencontres spécifiques :
1) Appareils politiques et organisation territorial;
2) Systèmes fiscales;
3) Systèmes juridiques et judicieux;
4) Appareils idéologiques;
5) Systèmes d’enseignement (missions religieuses inclues);
5) Systèmes de santé;
6) Réseaux de communication (des transports aux émissions radiophoniques);
7) Organisations du travail;
8) Appareils répressifs (policier et militaire);
9) Relations "externes" (interaction métropoles-colonies, des colonies entre elles-mêmes et avec les organisations multilatérales, etc)
On propose attribuer à premier Colloque comme tâche majeure l’identification des lignes de recherche qui ont déjà des résultats accomplis dans ce champ scientifique. Ainsi, les chercheurs qui veuillent y participer pourront le faire selon ses propres recherches en cours, sans limitations thématiques.
La commission organisatrice a conscience que le délai fixé pour la présentation des communications (8 avril) est limitatif et que cette première édition ne sera pas représentative, même si on considère seulement la recherche développée au Portugal. Cependant, on considère que les avantages apportés par une ample participation à la constitution d’un réseau de travail justifient ce choix.
On prévoit une publication à partir des matériels présentés, selon la politique éditoriale du CEAUP.
Présentation des résumés en français et anglais - 1500 caractères per résumé : 8 avril 2013
Validation de la Commission Scientifique: 15 avril 2013
Langues de travail: Portugais, Français et Anglais.
Commission Scientifique: Alexander Keese, José Capela, Maciel Santos, Philip Havik.


