Para tal, foram feitas e analisadas entrevistas de história de vida com eritreus e etíopes a viver na Polónia e em Portugal. Desde que a Eritreia declarou oficialmente a sua independência, em 1993, que não se realizam eleições a qualquer nível da estrutura governativa, e o país é constantemente abandonado por milhares de pessoas. A Eritreia é um dos países mais restritivos do mundo, com vigilância em massa, tortura, escravatura e serviço militar obrigatório, cuja duração é para toda a vida. Logo após o fim da guerra entre a Eritreia e a Etiópia, que decorreu de 1998 a 2000, o presidente Isaias Afewerki introduziu censura nos meios de comunicação públicos e deu ordem de encerramento aos meios de comunicação privados. O país é controlado por um regime totalitário que se baseia no controlo total dos seus cidadãos pelas forças de segurança a todos os níveis da sociedade. Devido aos motivos apresentados, milhares de eritreus fogem do país diariamente, com muitos deles a perder a vida na perigosa viagem para alcançar a Europa. Neste momento há mais de 200 mil eritreus a viver em campos de refugiados localizados no meio do deserto no Sudão e na Etiópia. Este estudo pretende também apresentar a situação dos eritreus a viver nos campos de refugiados, assim como o processo de assimilação dos entrevistados das histórias de vida nos seus respetivos países de acolhimento.
Palavras – Chave: Refugiados – Crise- Eritreia, Refugiados – Crise- Etiópia, Ditadura, 94
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