Relatório sobre os Usos e Costumes no Posto Administrativo de Chinga, 1927

Índice:
Introducao
1.0 Racas
2.0 Area, geografia e hidrografia
   Serras
   Rios
3.0 Antropologia
4.0 Historia e cronologia
5.0 Divertimentos
   Batuques so para homens
   Batuques para homens e mulheres conjuntamente
   Batuques so para mulheres
   Batuques de guerra
6.0 Marcas de tribos: usos e costumes
   Vestimenta e adornos
7.0 Regime tributario
8.0 Instabilidade da populacao
9.0 Instintos guerreiros: armas ofensivas e defensivas
10. Emigracao
11. Homenagens e saudacoes
12. Constituicao da familia
13. Casamento
14. Nascimentos
15. Irmaos
16. Circuncisao ou fanacao. Calauá.
17. Divorcio
18. Obitos
19. Sucessoes, regulos e sua historia
20. Do domicilio
21. Da ausencia
22. Poder paternal e legitimidade dos filhos
23. Classificacao das coisas publicas
24. Propriedade e sua organizacao
25. Da ocupacao
26. Caca
27. Pesca
28. Fauna
   1º grupo . Mamiferos monodelfos
      1 . Bimanos
      2 . Quadrumanos
      3 . Cheiropetros
4       . Insectivoros
      5 . Roedores
      6 . Carnivoros
         Digitigrados
         Plantigrados
      Jumentados
      Ruminantes
      Porcinos
      Desdentados
      Aves
      Trepadoras
      Pernaltas
         Corredores
         Palmipedes
         Tenuirrostros
      Repteis
      Batraquios
      Peixes
      Articulados ou anelados
         Insectos
      Crustaceos
      Anelideos
      Gasteropodes
29. Agricultura
   Trataremos do europeu
   Trabalho compelido
      Trabalho voluntario
      Servico compelido
   Agricultura indigena
   Defesa das machambas
30. Flora e madeiras
   1ª classe . Acotiledoneas
   2ª classe . Monohypogynia
   3ª classe . Monoperigynia
   4ª classe . Monoepigynia
   5ª classe . Hypocorollia
   6ª classe . Synantheria
   7ª classe . Corysantheria
   8ª classe . Epipetalia
   9ª classe . Hypopetalia
   10ª classe . Peripetalia
   11ª classe . Diclinia
31. Comercio
   Comercio do indigena
32. Industria
   Fundicao de ferro. Serralharia - ferreiro
      Varios utensilios . Outros artigos de uso
      Linhas . Fazem duas qualidades: para coser pano e para pesca
33. Navegacao
34. Justica
35. Astros, clima, meteoros e meteorologia
36. Recursos sanitarios e higienicos
37. Supersticoes
38. Guerras
39. Prova por meio de juramentos
40. Estado sanitario e assistencia ao indigena
41. Alimentacao
42. Bebidas fermentadas
43. Arrolamento de palhotas e recenseamento da populacao
44. Escolas
45. Estradas, reparacoes e construcoes
46. Pessoal ao servico do posto
47. Culturas do posto
48. Imposto de palhota
49. Correios e telegrafos
50. Conclusao
Posfacio sobre o Contexto Historico, Autor e Relatorio por Gerhard Liesegang
   1. Introducao
   2. Biografia de F.A. Lobo Pimentel
      2.1 Percurso
      2.2. Personalidade e insercao social de Pimentel
   3. Situacao sociopolitica na qual a obra surgiu
      3.1. Os Servicos dos Negocios Indigenas e a recolha de informacao etnografica
      3.2. Contexto administrativo imediato
      3.3. Situacao socio politica e economica no distrito de Mocambique
   4. Estrutura do Relatorio
      4.1. Contexto e Estrutura
      4.2. A obra como retrato da ideologia e territorialidade coloniais
      4.3. A contribuicao etnografica e historica da obra
Bibliografia e Fontes


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PIMENTEL, Francisco A. Lobo. 2009. Relatório sobre os Usos e Costumes no Posto Administrativo de Chinga, 1927. 1 ed. Porto: Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto. Manuscrito existente no Arquivo Histórico de Moçambique.

Da Introdução

Exmo. Sr. Administrador
Ao terminar o primeiro ano da minha administração neste Posto, permita-me V. Ex.ª que exponha, em poucas palavras, o que notei durante a minha jurisdição, desde que assumi a chefia deste Posto .O cargo de chefe de posto, para quem o queira desempenhar cabalmente, dentro do possível, é claro, é muito trabalhoso e acarreta responsabilidades e desgostos.
Cumpre-me, na minha missão de europeu civilizador, como todos o devemos ser, assegurar aos indígenas o exercício dos seus direitos, bem como o gozo das vantagens que a lei lhes concede; atendê-los nas suas pretensões e reclamações justas; tratá-los com bons modos e boas palavras, sem contudo abandonar a firmeza e persistência necessárias, tratando-se de entes que não têm educação nem instrução, mas mantendo sempre o prestígio da autoridade. Mal de nós se vamos a dar ao preto muitas vantagens, que ao europeu se não dão, porque o negro não agradece, sobretudo o macua que nem tem na sua língua palavra que traduza «muito obrigado»1.
Já em 1886, ...

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